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Este exoplaneta que é também exogaláctico, denominado HIP 13044, tem 1,25 vezes a massa de Júpiter (é um gigante gasoso) e está em órbita de uma estrela longínqua em fim de vida, que fica à distância de 2200 anos-luz (um ano-luz equivale a 9460 milhares de milhões de quilómetros) da Terra. Está num grupo de estrelas que pertencia a uma galáxia anã que, há seis a nove mil milhões de anos, foi devorada pela nossa Via Láctea.
Este planeta, dizem os cientistas do Observatório Europeu do Sul (ESO) que relatam a sua descoberta num artigo publicado hoje online na revista “Science”, está muito próximo da sua Estrela: no ponto mais próximo da sua órbita, passa apenas a um décimo da distância que separa a Terra do Sol. Completa uma volta à sua estrela em apenas 16,2 dias.
Foi detectado usando os instrumentos do Observatório de La Silla do ESO, no Chile, através dos pequenos efeitos gravitacionais que exerce sobre a estrela.
O que se terá passado é que o planeta escapou ao destino dos que estariam mais próximos da estrela, quando esta passou pela fase de gigante vermelha. Mas na fase seguinte da sua evolução a estrela deve expandir-se outra vez, engolindo o planeta. Algo semelhante, aliás, deverá acontecer no nosso sistema solar, daqui a milhares de milhões de anos.
Mas, por ora, os cientistas estão entusiasmados por terem descoberto uma estrela e um planeta doutra galáxia. “É uma descoberta exaltante, porque é a primeira vez que se detecta um sistema planetário de origem extragaláctica”, sublinhou numa conferência de imprensa telefónica Rainer Klement, astrofísico do Instituto Max-Planck para a Astronomia na Alemanha e co-autor desta descoberta
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