Novo método de clareamento dental

Os pesquisadores da Universidade de Cambridge publicaram na edição de janeiro da Revista Science um estudo que aponta o sêmen humano como um eficiente clareador dental. A pesquisa foi realizada com um grupo de 2.000 mulheres entre 16 e 46 anos, e observou-se que todas elas apresentaram níveis de clareamento dental semelhantes aos alcançados com o uso do peróxido de carbamida.

Os dentistas responsáveis pela pesquisa não indicam o uso indiscriminado do sêmen humano para esta finalidade, pois o mesmo é vetor de contaminação de diversas DST´s, e além disso, dependendo da quantidade de espermatozóides presentes, é dotado de elevados níveis de calorias, o que pode comprometer uma dieta equilibrada.

A técnica de clareamento dental a base de sêmen exige que a pessoa deixe o liquido seminal na boca por um intervalo de 15 a 20 minutos para alcançar os níveis plenos de eficiência. A Drª Tiffany Gollinger Field revela no estudo que as mulheres pesquisadas fizeram o tratamento 3 vezes por semana, durante 21 dias, e obtiveram níveis de clareamento na ordem de 46%, alcançando assim a tonalidade marfim nigeriano.

Algumas faculdades já pretendem incrementar na grade curricular instruções de contagem de espermatozoides e técnicas de abordagem ao paciente e posterior aplicação do material na área de trabalho. Mas tudo ainda é muito novo e nenhuma quis comentar sobre o assunto, até porque estavam todas de boca cheia.

Mas a grande surpresa para o Brasil é que a Colgate já pensa em implantar esta técnica em sua linha de produtos Max White. A Colgate-Palmolive Brasil aguarda apenas um parecer da ANVISA para começar os testes com humanos.

Chuva Vermelha!

Em julho de 2001, uma misteriosa chuva vermelha atingiu uma grande área do sul da Índia.

Moradores acreditavam que a chuva era um anúncio do fim do mundo, mas a explicação oficial foi de que a chuva havia sido causada pela poeira do deserto que foi soprada da península Arábica.

Mas Godfrey Louis, um cientista na região, ficou convencido de que havia algo mais incomum acontecendo.

Louis descobriu que presentes na chuva estavam minúsculas células biológicas, mas, pelo fato de estas células aparentemente não apresentarem DNA, o componente essencial de toda a vida na Terra, o cientista concluiu que estas células poderiam ser formas de vida alienígenas.

"Esta alegação incrível é que (as células) são, possivelmente, extraterrestres. Esta é uma grande alegação, eu sei, mas todos os experimentos apóiam essa alegação", disse Louis.

O trabalho de Louis colocou em ação uma cadeia de eventos, com cientistas no mundo todo debatendo a origem destas células misteriosas.

A principal razão por que as idéias de Louis não foram ridicularizadas imediatamente após seu lançamento foi a relação com uma teoria defendida por dois cientistas britânicos desde a década de 1960

O falecido Fred Hoyle e o professor Chandra Wickramasinghe foram os principais cientistas a defender a Panspermia, a idéia de que a vida na Terra se originou em outro planeta.

Os cientistas especularam que a vida foi trazida para a Terra por um cometa. Na última década, a Panspermia tem sido cada vez mais levada a sério.

A agência espacial americana Nasa está cada vez mais interessada na busca por vida extraterrestre.

Encontrar vida em outro lugar do Sistema Solar seria um estímulo vital para a teoria da Panspermia.

Outra divisão da Nasa está dedicada ao estudo de batérias encontradas na Terra que podem sobreviver a condições extremas.

Encontrar estes tipos de batéria pode tornar mais provável a sobrevivência de microrganismos durante uma viagem pelo espaço, em um meteorito.

"Bactérias precisam aguentar o frio extremo do espaço, o vácuo, radiação ultravioleta, raios cósmicos. Parece querer muito de uma bactéria. Mas, do que sabemos, a sobrevivência no espaço é mais ou menos garantida. Bactérias parecem ter nascido para serem viajantes do espaço", disse Wickramasinghe.

Investigação

A BBC acompanhou o professor Wickramasinghe em uma viagem à Índia no meio de 2006 para investigar o fenônemo da chuva vermelha.

Junto com Louis, os cientistas visitaram pessoas que testemunharam a chuva.

Wickramasinghe examinou o trabalho de Louis, que mostra que a chuva vermelha pode se duplicar a 300º C, um atributo essencial de um microorganismo que teve que aguentar temperaturas extremas.

Tudo isso convenceu Wickramasinghe de que a chuva vermelha é uma forma de vida alienígena.

"Antes de vir, tinha grandes dúvidas se a chuva vermelha era mesmo uma indicação de vida vinda do espaço, nova vida vinda do espaço", disse.

"Mas, refletindo e depois de conversar com Godfrey (Louis), vou acreditar que (a chuva vermelha) representou uma invasão de micróbios do espaço", acrescentou.

Muitos cientistas permanecem céticos. Mas se Wickramasinghe e Louis estiverem certos, será a mais forte prova de que a teoria da Panspermia pode ser correta.

Será que um neutrino veloz pode desmentir Einstein?

Einstein errado? Impossível!
Essa foi a reação de físicos em todo o mundo na semana passada quando ouviram que as experiências na Suíça indicam que a teoria da relatividade de Einstein pode estar errada. Desde 1905, quando Einstein declarou que nada no universo pode se mover mais rápido que a luz, a teoria tem sido o pilar da física moderna. Aliás, a maioria de nossos eletrônicos de alta tecnologia dependem dela.
Excêntricos há anos denunciam a teoria da relatividade de Einstein, é claro. Como muitos físicos, tenho caixas cheias de monografias amadoras que me foram enviadas por pessoas alegando que Einstein estava errado. Nos anos 30, o Partido Nazista criticou a teoria de Einstein, publicando um livro chamado "Cem Autoridades Denunciam a Relatividade". Einstein brincaria mais tarde que não é necessário ter cem intelectuais famosos para derrubar sua teoria. Tudo o que é preciso é um simples fato.
Bom, esse simples fato pode estar na forma dos experimentos mais recentes dos maiores aceleradores de partículas do mundo, que ficam no CERN, nos arredores de Genebra. Os físicos dispararam um feixe de neutrinos (partículas exóticas, parecidas com fantasmas, que conseguem penetrar até mesmo no mais denso dos materiais) da Suíça até a Itália, numa distância de 730 quilômetros. Para seu grande espanto, depois de analisar 15.000 neutrinos, descobriram que eles viajaram mais rápido que a velocidade da luz — 60 bilionésimos de segundo mais veloz, para ser preciso. Em 1 bilionésimo de segundo, um feixe de luz viaja cerca de 30 centímetros. Assim, uma diferença de 18 metros foi bem surpreendente.
Romper a barreira da luz viola o núcleo da teoria de Einstein. De acordo com a relatividade, à medida que você se aproxima da velocidade da luz, o tempo desacelera, você se torna mais pesado e fica mais plano (tudo isso já foi medido em laboratório). Mas se você viaja mais rápido que a luz, o impossível acontece. O tempo anda para trás. Você fica mais leve do que nada, e fica com espessura negativa. Como isso é ridículo, não dá para viajar mais rápido que a luz, disse Einstein.
A revelação do CERN foi eletrizante. Alguns físicos ficaram irradiantes de alegria, porque isso significa que a porta está se abrindo para uma nova física (e mais ganhadores do Prêmio Nobel). Teorias novas e ousadas precisam ser propostas para explicar o resultado. Outros começaram a suar frio, ao se dar conta de que todo o fundamento da física moderna talvez precise ser revisto. Todos os livros escolares precisam ser reescritos, todos os experimentos recalibrados.
A cosmologia, ou a própria maneira como pensamos o espaço, seria alterada para sempre. A distância até os astros e galáxias e a idade do universo (13,7 bilhões de anos) seriam colocadas em dúvida. Até mesmo a teoria da expansão do universo, a teoria do bigue-bangue e os buracos negros teriam que ser reexaminados.
Além do mais, tudo o que pensamos que entendemos sobre física nuclear precisaria ser reexaminado. Toda criança em idade escolar conhece a famosa equação de Einstein, E=MC2, em que uma pequena quantidade de massa M consegue criar uma vasta quantidade de energia E, porque a velocidade da luz C ao quadrado é um número tão enorme. Mas se C é retirada, isso significa que toda a física nuclear precisa ser recalibrada. Armas nucleares, medicina nuclear, datação radioativa, todas seriam afetadas porque todas as reações nucleares são baseadas na relação de Einstein entre matéria e energia.
Se tudo isso já não fosse o bastante, a mudança significaria que os princípios fundamentais da física estão incorretos. A física moderna é baseada em duas teorias, a da relatividade e a teoria quântica, logo a metade da física moderna teria que ser substituída por uma nova teoria. O meu próprio campo, a teoria das cordas, não é uma exceção. Pessoalmente, eu teria que revisar todas as minhas teorias porque a relatividade está embutida na teoria das cordas desde o comecinho.
Como será que essa descoberta fascinante vai se desenrolar? Como disse um dia Carl Sagan, afirmações notáveis exigem provas notáveis. Laboratórios em todo o mundo, como o Fermilab nos arredores de Chicago, irão refazer os experimentos do CERN e tentar provar ou negar seus resultados.
Minha reação instintiva, entretanto, é que esse é um falso alarme. No decorrer das décadas, houve inúmeros desafios à teoria da relatividade, e demonstrou-se que estavam todos errados. Nos anos 60, por exemplo, os físicos estavam medindo os minúsculos efeitos da gravidade sobre um feixe de luz. Num estudo, os físicos descobriram que a velocidade da luz parecia oscilar junto com a hora do dia. Surpreendentemente, a velocidade da luz subia durante o dia, e caía à noite. Depois, descobriu-se que, como o aparato era usado ao ar livre, os sensores eram afetados pela temperatura da luz do dia.
Reputações podem crescer ou diminuir. Mas, ao final, esta é uma vitória para a ciência. Nenhuma teoria é talhada em pedra. A ciência é implacável quando se trata de testar todas as teorias repetidas vezes, a qualquer tempo, em qualquer lugar. Diferentemente da religião e da política, a ciência é decidida no final pelos experimentos, feitos repetidas vezes e de várias maneiras. Não há vacas sagradas. Na ciência, cem autoridades não valem nada. O experimento vale tudo.

Homem que viverá 1000 anos nascerá em menos de vinte anos, afirma cientista

Se as previsões de Aubrey de Grey estiverem certas, a primeira pessoa a comemorar seu aniversário de 150 anos já nasceu. E a primeira pessoa a viver até os mil anos pode demorar menos de 20 anos para nascer.

Biomédico gerontologista e cientista-chefe de uma fundação dedicada a pesquisas da longevidade, De Grey calcula que, ainda durante a sua vida, os médicos poderão ter à mão todas as ferramentas necessárias para “curar” o envelhecimento – extirpando as doenças decorrentes da idade e prolongando a vida indefinidamente.

“Eu diria que temos uma chance de 50% de colocar o envelhecimento sob aquilo que eu chamaria de nível decisivo de controle médico dentro de mais ou menos 25 anos”, disse De Grey numa entrevista antes de proferir uma palestra no Britain’s Royal Institution, uma academia britânica de ciências.

“E por ‘decisivo’ quero dizer o mesmo tipo de controle médico que temos sobre a maioria das doenças infecciosas hoje”, acrescentou.

De Grey antevê uma época em que as pessoas irão ao médico para uma “manutenção” regular, o que incluiria terapias genéticas, terapias com células-tronco, estimulação imunológica e várias outras técnicas avançadas.

Ele descreve o envelhecimento como o acúmulo de vários danos moleculares e celulares no organismo. “A ideia é adotar o que se poderia chamar de geriatria preventiva, em que você vai regularmente reparar o danos molecular e celular antes que ele chegue ao nível de abundância que é patogênico”, explicou o cientista, cofundador da Fundação Sens (sigla de “Estratégias para a Senilitude Programada Desprezível”), com sede na Califórnia.

Não se sabe exatamente como a expectativa de vida vai se comportar no futuro, mas a tendência é clara. Atualmente, ela cresce aproximadamente três meses por ano, e especialistas preveem que haverá um milhão de pessoas centenárias no mundo até 2030.

Só no Japão já há mais de 44 mil centenários, e a pessoa mais longeva já registrada no mundo foi até os 122 anos.

Mas alguns pesquisadores argumentam que a epidemia de obesidade, espalhando-se agora dos países desenvolvidos para o mundo em desenvolvimento, poderá afetar a tendência de longevidade.

As ideias de De Grey podem parecer ambiciosas demais, mas em 2005 o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) ofereceu um prêmio de 20 mil dólares para qualquer biólogo molecular que provasse que as teorias da Fundação Sens são “tão erradas que nem são dignas de um debate bem informado”. Ninguém levou a bolada.

O prêmio foi instituído depois que um grupo de nove cientistas influentes atacou as teorias de Grey, qualificando-as de “pseudociência”. Os jurados concluíram que o rótulo não era justo, e argumentaram que o Sens “existe em um meio termo de ideias ainda não testadas que algumas pessoas podem considerar intrigantes, mas das quais outras estão livres para duvidar.”

Por que as mulheres gostam de bad boys

Alguns homens manifestam certa mágoa por causa da suposta predileção das mulheres pelos bad boys. Eles simplesmente não entendem por que elas morrem de amor por homens orgulhosos, arrogantes e até rudes.

A má notícia – pelo menos para os nice guys – é que a ciência comprova e explica essa predileção. Uma pesquisa recente feita pela Universidade da Columbia Britânica mostrou que as mulheres de fato acham os homens com expressão arrogante mais atraentes no sentido sexual do que os simpáticos e sorridentes. E mais: os pesquisadores descobriram que homens e mulheres têm preferências bem diferentes no que diz respeito a expressões faciais.


Algumas das fotos usadas no estudo. Qual delas você acha mais atraente?

O estudo pediu para que mais de mil voluntários analisassem e dessem uma nota baseada na atratividade sexual de fotos de pessoas do sexo oposto que manifestavam felicidade (com um sorriso largo), orgulho (braços e cabeça erguidos, peito estufado, expressão pretensiosa) e vergonha (cabeça baixa, evitando contato visual).

Surpreendentemente, o estudo descobriu que homens sorridentes e felizes eram os menos atraentes para as mulheres – elas preferiam os que pareciam orgulhosos ou envergonhados. Em contraste com isso, os homens eram mais atraídos sexualmente a mulheres sorridentes e curtiram menos aquelas que pareciam orgulhosas e confiantes.

Rudeza e arrogância dão impressão de maior poder




Estudos sugerem que os critérios que determinam o que as pessoas consideram atraente têm sido moldados por forças evolutivas e histórico-culturais ao longo dos séculos, mesmo que pareçam antiquados para nós hoje. As teorias evolucionistas, por exemplo, sugerem que fêmeas são atraídas a machos que parecem orgulhosos e arrogantes porque isso dá a impressão de poder, status, competência e capacidade de cuidar da família. Os pesquisadores acrescentam que a expressão de orgulho, como a da foto apresentada aos voluntários, também acentua características físicas tipicamente masculinas que estão entre as mais atraentes para as mulheres, como os músculos e o tamanho da parte superior do corpo. Em compensação, esse tipo de expressão pode ter deixado as mulheres menos atraentes por causa dessas associações.

Isso tem a ver com um estudo da Universidade de Amsterdam, publicado no periódico Social Psychological and Personality Science, segundo o qual pessoas folgadas e rudes são vistas como poderosas. Cerca de 120 pessoas assistiram a dois vídeos: em um deles, um homem em um café agia com cortesia; em outro, ele esticava as pernas para cima de uma cadeira ao seu lado, atirava as cinzas de seu cigarro em todo lugar e gritava ordens aos garçons. Perguntaram aos voluntários quem achavam que era um tomador de decisões – ou seja, um homem com poder e responsabilidades. A maioria deles achou que o mais poderoso era o homem rude.

Sorriso, sinal de submissão?




Já o sorriso é apontado por outras pesquisas como estando associado à submissão, o que tem a ver com o antigo ideal da mulher como submissa e vulnerável – e entra em conflito com a ideia de que o homem deve ser forte e sério. Daí o motivo de os homens se atraírem mais por uma expressão sorridente do que as mulheres.


E a expressão de vergonha, por que é atraente? Segundo os autores do estudo, esse tipo de expressão está relacionado com a consciência das normas sociais e um comportamento de apaziguamento, o que provoca confiança nos outros. E a maioria das pessoas quer um parceiro em quem possa confiar.

Os pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica acharam importante dizer que só pediram aos voluntários para que opinassem sobre a atração sexual imediata que aquelas expressões faciais lhes provocavam. Ou seja, não estava em jogo se a pessoa da foto seria um bom namorado ou namorada. Para relacionamentos duradouros, estudos anteriores já provaram aquilo que sabemos bem: o mais importante é uma personalidade agradável.

A pesquisa é sobre atração sexual entre homens e mulheres heterossexuais da América do Norte e não se aplicam necessariamente a homossexuais e culturas não-ocidentais. Então, ainda tem campo para explorar aí.