Como qualquer fisiculturista pode comprovar, os músculos crescem quando fazemos mais exercícios e musculação. Agora, uma nova pesquisa explica como as células musculares transformam os exercícios de levantamento de peso e outras atividades físicas em mais massa muscular.
O segredo está na química produzida pelas células musculares durante atividades como levantamento de peso, quando sinais de células-tronco musculares se multiplicam e assumem a carga.
Uma substância, chamada de fator de resposta ao soro sanguíneo (SRF, na sigla em inglês), aciona as células-tronco musculares para que se proliferem e se transformem em fibras musculares. Mais fibras musculares significam maiores músculos e mais força.
As descobertas podem levar a novas formas de combater a atrofia muscular associada à idade e doenças, de acordo com cientistas franceses. Esse sinal de fibra muscular controla o comportamento das células-tronco e o crescimento muscular.
Usando ratos que foram geneticamente modificados, com falta de SRF nos músculos, pesquisadores descobriram que sem a substância, o sobrecarregamento dos músculos não impulsiona o crescimento deles.
Como nossos músculos aumentam?
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on quarta-feira, 18 de abril de 2012
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Como músculos aumentam
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Comprovado: O ‘ponto G’ não existe – mas nem tudo está acabado.
Algumas pessoas juram que o encontraram, outras juram que ele não existe; não estamos falando sobre a antiga Cidade Perdida de Ouro ou o Santo Graal, mas algo muito mais comum: o ponto G.
O famoso ponto erógeno das mulheres é um mistério para muitos. Agora, um novo estudo que investigou 60 anos de pesquisas trouxe uma resposta que vai fazer você parar procurá-lo – porque ele não existe.
“Sem dúvida, um ponto anatômico chamado ponto G não existe”, disse o autor do estudo, Dr. Amichai Kilchevsky.
O famigerado ponto G foi nomeado em homenagem ao ginecologista alemão Ernst Grafenberg, que em 1950 escreveu que existia uma zona erógena que poderia ser encontrada na parede anterior da vagina ao longo do curso da uretra.
Os pesquisadores Dr. John Perry e Dra. Beverly Whipple apelidaram essa área de ponto G em 1981, quando replicaram a descoberta de Grafenberg em suas próprias pesquisas.
Para o novo estudo, Kilchevsky e seus colegas revisaram 29 estudos, que incluíram inquéritos, biópsias do tecido vaginal, estudos nervosos, ultrassom – tudo que existe! – e não encontraram qualquer estrutura anatômica na parede anterior da vagina (a parede que ficaria de frente com a barriga da mulher), onde o ponto G supostamente residiria.
Os pesquisadores não conseguiram encontrar mais nervos nessa área ou qualquer indicação de uma estrutura física que considerassem conclusiva.
Porém, pesquisas mostram que a maioria das mulheres acredita na existência de um ponto G, inclusive aquelas que disseram nunca terem o localizado.
Um outro estudo, entretanto, levantou a possibilidade do ponto G ser na verdade uma “zona erógena” em mulheres.
O estudo fez varredura do cérebro das mulheres que atingiram o orgasmo e descobriu que o cérebro mostra aumento de atividade na área do córtex sensorial quando se estimula a área em que o ponto G supostamente reside (embora ele não esteja lá).
Conclusão: “só não podemos chamá-lo de ‘ponto’, porque não existe um”, disse o autor desse estudo, Dr. Barry R. Komisaruk. Mas essa pode ser uma zona de estimulação sexual. “Deveria ser chamado de zona G ou área G”, disse.
Komisaruk disse que a revisão de estudos que desmascara a existência do ponto G se concentra apenas em um ponto específico, quando uma grande quantidade de pesquisas diz que esse centro de prazer supostamente é ativado quando você coloca pressão na parede anterior da vagina.
Essa pressão, segundo ele, é na verdade o ato de empurrar outras estruturas sensíveis, incluindo a uretra, a glândula de Skene (também conhecida como “próstata feminina”) e o clitóris. “Não é apenas um local”, diz Komisaruk. “É uma confluência de uma série de diferentes órgãos genitais sensíveis”.
A complexidade é destaque pelo fato de que algumas mulheres experimentam diferentes sensibilidades do que outras quando se trata de sexo e de atingir o orgasmo – os indivíduos são exatamente os mesmos.
Mas para os casais que estão frustrados na sua busca por prazer final, Komisaruk sugere que eles devem apenas apreciar o que têm. “O ponto G não deveria ser chamado de Santo Graal”, disse ele. “As pessoas devem obter prazer na onde podem”.
O famoso ponto erógeno das mulheres é um mistério para muitos. Agora, um novo estudo que investigou 60 anos de pesquisas trouxe uma resposta que vai fazer você parar procurá-lo – porque ele não existe.
“Sem dúvida, um ponto anatômico chamado ponto G não existe”, disse o autor do estudo, Dr. Amichai Kilchevsky.
O famigerado ponto G foi nomeado em homenagem ao ginecologista alemão Ernst Grafenberg, que em 1950 escreveu que existia uma zona erógena que poderia ser encontrada na parede anterior da vagina ao longo do curso da uretra.
Os pesquisadores Dr. John Perry e Dra. Beverly Whipple apelidaram essa área de ponto G em 1981, quando replicaram a descoberta de Grafenberg em suas próprias pesquisas.
Para o novo estudo, Kilchevsky e seus colegas revisaram 29 estudos, que incluíram inquéritos, biópsias do tecido vaginal, estudos nervosos, ultrassom – tudo que existe! – e não encontraram qualquer estrutura anatômica na parede anterior da vagina (a parede que ficaria de frente com a barriga da mulher), onde o ponto G supostamente residiria.
Os pesquisadores não conseguiram encontrar mais nervos nessa área ou qualquer indicação de uma estrutura física que considerassem conclusiva.
Porém, pesquisas mostram que a maioria das mulheres acredita na existência de um ponto G, inclusive aquelas que disseram nunca terem o localizado.
Um outro estudo, entretanto, levantou a possibilidade do ponto G ser na verdade uma “zona erógena” em mulheres.
O estudo fez varredura do cérebro das mulheres que atingiram o orgasmo e descobriu que o cérebro mostra aumento de atividade na área do córtex sensorial quando se estimula a área em que o ponto G supostamente reside (embora ele não esteja lá).
Conclusão: “só não podemos chamá-lo de ‘ponto’, porque não existe um”, disse o autor desse estudo, Dr. Barry R. Komisaruk. Mas essa pode ser uma zona de estimulação sexual. “Deveria ser chamado de zona G ou área G”, disse.
Komisaruk disse que a revisão de estudos que desmascara a existência do ponto G se concentra apenas em um ponto específico, quando uma grande quantidade de pesquisas diz que esse centro de prazer supostamente é ativado quando você coloca pressão na parede anterior da vagina.
Essa pressão, segundo ele, é na verdade o ato de empurrar outras estruturas sensíveis, incluindo a uretra, a glândula de Skene (também conhecida como “próstata feminina”) e o clitóris. “Não é apenas um local”, diz Komisaruk. “É uma confluência de uma série de diferentes órgãos genitais sensíveis”.
A complexidade é destaque pelo fato de que algumas mulheres experimentam diferentes sensibilidades do que outras quando se trata de sexo e de atingir o orgasmo – os indivíduos são exatamente os mesmos.
Mas para os casais que estão frustrados na sua busca por prazer final, Komisaruk sugere que eles devem apenas apreciar o que têm. “O ponto G não deveria ser chamado de Santo Graal”, disse ele. “As pessoas devem obter prazer na onde podem”.
Confirmam dois novos grupos sanguíneos
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on sábado, 14 de abril de 2012
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novos grupos sanguíneos
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Devo confessar que estou ainda meio aturdido com esta novidade: aos grupos 0, A, B e AB que já conhecemos, agora parece que deveremos acrescentar dois grupos sangüíneos novos: L e J, isto é, Langereis e Junior. Até agora desconhecidos, pois não tinham detectado ainda as proteínas das células sanguíneas que os identificam.
A novidade foi confirmada por um grupo internacional de pesquisadores, cujos resultados foram publicados na revista Nature Genetics, onde confirmam que L e J são muito freqüentes no leste da Ásia, tal e qual assinala Bryan Ballif, da Universidade de Vermont (EUA):
- "Estima-se que mais de 50.000 japoneses tenham sangue Junior negativo, e isto pode causar problemas de incompatibilidade do feto com a mãe, ou à hora de realizar transfusões sanguíneas".
Esta descoberta terá numerosas aplicações médicas, não só no âmbito das transfusões ou dos transplantes de órgãos, senão que também no desenvolvimento de terapias contra o câncer: as novas moléculas estão associadas com o desenvolvimento de resistências aos fármacos contra o câncer, o que permitirá melhorar a eficácia dos tratamentos.
Muitas pessoas poderiam ter algum destes dois tipos de sangue, Langereis ou Junior positivo ou negativo, sem sabê-lo. Isso poderia implicar na diferença entre a vida e a morte que pode ser agora identificado com um simples exame.
A novidade foi confirmada por um grupo internacional de pesquisadores, cujos resultados foram publicados na revista Nature Genetics, onde confirmam que L e J são muito freqüentes no leste da Ásia, tal e qual assinala Bryan Ballif, da Universidade de Vermont (EUA):
- "Estima-se que mais de 50.000 japoneses tenham sangue Junior negativo, e isto pode causar problemas de incompatibilidade do feto com a mãe, ou à hora de realizar transfusões sanguíneas".
Esta descoberta terá numerosas aplicações médicas, não só no âmbito das transfusões ou dos transplantes de órgãos, senão que também no desenvolvimento de terapias contra o câncer: as novas moléculas estão associadas com o desenvolvimento de resistências aos fármacos contra o câncer, o que permitirá melhorar a eficácia dos tratamentos.
Muitas pessoas poderiam ter algum destes dois tipos de sangue, Langereis ou Junior positivo ou negativo, sem sabê-lo. Isso poderia implicar na diferença entre a vida e a morte que pode ser agora identificado com um simples exame.
Porque sentimos nojo?
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on quinta-feira, 12 de abril de 2012
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Porque sentimos nojo
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Você já parou para pensar por que algumas coisas que vemos nos dão a sensação de nojo e outras não? Muitas variáveis podem estar envolvidas, e aquilo que dá nojo a algumas pessoas pode parecer comum a outras. Uma psicóloga americana, Rachel Herz, escreveu um livro para entender melhor como o nojo funciona.
A autora da obra dá o exemplo do Hákarl, uma tradicional iguaria da culinária da Islândia. Se você ler a descrição do prato, pode achá-lo extremamente nojento: pegam um tubarão-da-groenlândia (Somniosus microcephalus), cuja carne é naturalmente tóxica. Depois de ser enterrado para putrefação e passar por vários congelamentos e descongelamentos, a carne fica seca e com cheiro de amoníaco, semelhante a produtos de limpeza. Mas, segundo os islandeses, deliciosa.
O fato de nós acharmos essa carne repugnante e os consumidores da Islândia a considerarem uma delícia é a prova, segundo a psicóloga, de que o nojo representa um condicionamento cerebral. Esse condicionamento, baseado em experiências, não determina apenas o que nos dá nojo, mas a nossa reação a algo nojento. Por que as caretas de repugnância, por exemplo, são tão parecidas umas com as outras?
A repulsa, no entanto, nem sempre está relacionada aos nossos cinco sentidos básicos. A psicóloga explica que existe também uma espécie de “repulsa moral”, algo como um judeu recusar usar uma toalha que teria sido utilizada por Adolf Hitler no passado. Se juntarmos os fatores de condicionamento e conceitos prévios, que se traduzem nas reações, temos algo como um mapa do nojo humano. É o que a psicóloga explora em seu livro.
A autora da obra dá o exemplo do Hákarl, uma tradicional iguaria da culinária da Islândia. Se você ler a descrição do prato, pode achá-lo extremamente nojento: pegam um tubarão-da-groenlândia (Somniosus microcephalus), cuja carne é naturalmente tóxica. Depois de ser enterrado para putrefação e passar por vários congelamentos e descongelamentos, a carne fica seca e com cheiro de amoníaco, semelhante a produtos de limpeza. Mas, segundo os islandeses, deliciosa.
O fato de nós acharmos essa carne repugnante e os consumidores da Islândia a considerarem uma delícia é a prova, segundo a psicóloga, de que o nojo representa um condicionamento cerebral. Esse condicionamento, baseado em experiências, não determina apenas o que nos dá nojo, mas a nossa reação a algo nojento. Por que as caretas de repugnância, por exemplo, são tão parecidas umas com as outras?
A repulsa, no entanto, nem sempre está relacionada aos nossos cinco sentidos básicos. A psicóloga explica que existe também uma espécie de “repulsa moral”, algo como um judeu recusar usar uma toalha que teria sido utilizada por Adolf Hitler no passado. Se juntarmos os fatores de condicionamento e conceitos prévios, que se traduzem nas reações, temos algo como um mapa do nojo humano. É o que a psicóloga explora em seu livro.
Sexto gosto sentido por humanos pode ser o da gordura
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on terça-feira, 10 de abril de 2012
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Sexto gosto sentido
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Humanos sabem que ao sentir os teclados de computador úmidos ou ver gotas amarelas caindo de um pastel estão se deparando com exemplos de óleos e gorduras. Agora, cientistas da Universidade de Washington acreditam que o universo das substâncias mais temidas pelos cardiologistas também pode ser sentido como um gosto pela língua dos homens.
O "gosto" é uma sensação que se forma apenas na boca. As papilas gustativas, pequenas bolinhas localizadas na língua, são as responsáveis por detectar os cinco gostos reconhecidos pelos cientistas em todo o mundo: salgado, doce, amargo, azedo e recém-aceito "umami".
A cientista argentina Yanina Pepino foi a autora principal do estudo que revelou como a língua humana possui um receptor capaz de detectar gordura chamado CD36. Trata-se de uma proteína encontrada geralmente na parte de trás do órgão.É diferente do "sabor", que para ser notado pelos humanos requer a participação do nariz. Quando uma pessoa está resfriada, ela deixa de sentir o sabor de um refrigerante, mas consegue perceber o efeito causado pelo líquido na língua – esta é a ação do gosto no paladar.
O artigo foi publicado na edição de janeiro da revista “Journal of Lipid Research”, voltada para estudos sobre gorduras.
“Essa proteína que fica na língua é capaz de servir como receptor para os ácidos graxos, que são as moléculas que formam as gorduras”, explica a pesquisadora, em entrevista ao G1.
Provando o gosto de gordura
No experimento conduzido pela equipe de Yanina, 21 pessoas consideradas obesas foram convocadas para tentar descobrir qual pote de um total de três continha gordura. Os participantes usaram uma máscara para evitar a “ajuda” sensorial do nariz.
“Todos conseguiram identificar o pote correto”, disse Yanina. “Nós repetimos o experimento três vezes, com concentrações diferentes de gordura no pote.” Para atrapalhar ainda mais os voluntários, a experiência foi feita em um ambiente com luz vermelha, que dificultava a identificação dos líquidos dentro dos frascos.
Alguns dos obesos eram capazes de identificar o pote certo com concentrações menores, pois produziam mais receptores CD36. Essa diferença nos níveis da proteína pode indicar uma ligação entre obesidade e a capacidade de "sentir" a gordura, mas até agora essa relação não foi provada.
“Nós certamente seguiremos estudando para provar se esta interpretação é possível em humanos”, afirma. Segundo a especialista, estudos em animais já mostram que dietas ricas em gordura tornam as cobaias menos sensíveis à substância, já que os níveis de CD36 caem.
Umami?
Antes de a gordura ser a nova candidata a gosto, o umami já havia enfrentado uma batalha de mais de 90 anos pelo seu lugar ao sol no seleto grupo no paladar humano. Descoberta pelo cientista japonês Kikunae Ikeda em 1908 na Universidade Imperial de Tóquio, a sensação do umami é provocada, principalmente, pelo ácido glutâmico.
Receptores na língua para essa substância só foram revelados em 2000 por um grupo de pesquisadores da Universidade de Miami. Eles divulgaram o feito na revista “Nature Neuroscience” no mês de fevereiro daquele ano.
O nome umami significa "sabor delicioso" em japonês. Para falantes da língua inglesa, a sensação é descrita pela palavra "savory". Em português, os especialistas preferiram usar o nome original.
Mas o umami se parece com o quê? “É o gosto que sentimos ao comer o queijo parmesão e o ajinomoto”, afirma Hellen Maluly, professora de bromatologia (a ciência dos alimentos) na Faculdade Oswaldo Cruz, em Campinas (SP), e especialista em umami.
Hellen cita ainda o presunto cru, o tomate, a ervilha, o milho, os cogumelos e alguns tipos de carne como exemplos de alimentos ricos em ácido glutâmico -- e, portanto, que provocam o gosto umami.
Próximos na fila
Os especialistas esperam que os estudos futuros revelem até 10 gostos diferentes possíveis de serem sentidos. Entre os principais candidatos estão os gostos metálico, de cálcio e até de água.
O líquido essencial à vida, tido durante toda a vida como algo “incolor, inodoro e insípido”, pode deixar de ser tão especial. Segundo Yanina, já existem estudos em animais em andamento para identificar receptores na língua específicos para água. "As pesquisas sobre os gostos humanos estão apenas começando, é quase certo que outros existam", diz.
Outra contribuição japonesa aos gostos humanos pode ser o kokumi. "Esse gosto, se comprovado, seria uma extensão do umami, mais intenso", afirma Hellen. "Há até uma substância com o nome de kokumi por lá, mas nada ainda foi provado cientificamente."
O "gosto" é uma sensação que se forma apenas na boca. As papilas gustativas, pequenas bolinhas localizadas na língua, são as responsáveis por detectar os cinco gostos reconhecidos pelos cientistas em todo o mundo: salgado, doce, amargo, azedo e recém-aceito "umami".
A cientista argentina Yanina Pepino foi a autora principal do estudo que revelou como a língua humana possui um receptor capaz de detectar gordura chamado CD36. Trata-se de uma proteína encontrada geralmente na parte de trás do órgão.É diferente do "sabor", que para ser notado pelos humanos requer a participação do nariz. Quando uma pessoa está resfriada, ela deixa de sentir o sabor de um refrigerante, mas consegue perceber o efeito causado pelo líquido na língua – esta é a ação do gosto no paladar.
O artigo foi publicado na edição de janeiro da revista “Journal of Lipid Research”, voltada para estudos sobre gorduras.
“Essa proteína que fica na língua é capaz de servir como receptor para os ácidos graxos, que são as moléculas que formam as gorduras”, explica a pesquisadora, em entrevista ao G1.
Provando o gosto de gordura
No experimento conduzido pela equipe de Yanina, 21 pessoas consideradas obesas foram convocadas para tentar descobrir qual pote de um total de três continha gordura. Os participantes usaram uma máscara para evitar a “ajuda” sensorial do nariz.
“Todos conseguiram identificar o pote correto”, disse Yanina. “Nós repetimos o experimento três vezes, com concentrações diferentes de gordura no pote.” Para atrapalhar ainda mais os voluntários, a experiência foi feita em um ambiente com luz vermelha, que dificultava a identificação dos líquidos dentro dos frascos.
Alguns dos obesos eram capazes de identificar o pote certo com concentrações menores, pois produziam mais receptores CD36. Essa diferença nos níveis da proteína pode indicar uma ligação entre obesidade e a capacidade de "sentir" a gordura, mas até agora essa relação não foi provada.
“Nós certamente seguiremos estudando para provar se esta interpretação é possível em humanos”, afirma. Segundo a especialista, estudos em animais já mostram que dietas ricas em gordura tornam as cobaias menos sensíveis à substância, já que os níveis de CD36 caem.
Umami?
Antes de a gordura ser a nova candidata a gosto, o umami já havia enfrentado uma batalha de mais de 90 anos pelo seu lugar ao sol no seleto grupo no paladar humano. Descoberta pelo cientista japonês Kikunae Ikeda em 1908 na Universidade Imperial de Tóquio, a sensação do umami é provocada, principalmente, pelo ácido glutâmico.
Receptores na língua para essa substância só foram revelados em 2000 por um grupo de pesquisadores da Universidade de Miami. Eles divulgaram o feito na revista “Nature Neuroscience” no mês de fevereiro daquele ano.
O nome umami significa "sabor delicioso" em japonês. Para falantes da língua inglesa, a sensação é descrita pela palavra "savory". Em português, os especialistas preferiram usar o nome original.
Mas o umami se parece com o quê? “É o gosto que sentimos ao comer o queijo parmesão e o ajinomoto”, afirma Hellen Maluly, professora de bromatologia (a ciência dos alimentos) na Faculdade Oswaldo Cruz, em Campinas (SP), e especialista em umami.
Hellen cita ainda o presunto cru, o tomate, a ervilha, o milho, os cogumelos e alguns tipos de carne como exemplos de alimentos ricos em ácido glutâmico -- e, portanto, que provocam o gosto umami.
Próximos na fila
Os especialistas esperam que os estudos futuros revelem até 10 gostos diferentes possíveis de serem sentidos. Entre os principais candidatos estão os gostos metálico, de cálcio e até de água.
O líquido essencial à vida, tido durante toda a vida como algo “incolor, inodoro e insípido”, pode deixar de ser tão especial. Segundo Yanina, já existem estudos em animais em andamento para identificar receptores na língua específicos para água. "As pesquisas sobre os gostos humanos estão apenas começando, é quase certo que outros existam", diz.
Outra contribuição japonesa aos gostos humanos pode ser o kokumi. "Esse gosto, se comprovado, seria uma extensão do umami, mais intenso", afirma Hellen. "Há até uma substância com o nome de kokumi por lá, mas nada ainda foi provado cientificamente."
Os espermatozoides são inteligentes e sabem contar.
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on domingo, 8 de abril de 2012
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espermatozoides
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Claro que muitos de nós nunca ligaram para a forma como os espermatozoides funcionam. Mas, aparentemente, eles são muito mais espertos do que poderíamos pensar.
Segundo cientistas, o esperma é realmente inteligente. Especificamente, parece ser capaz de “contar”.
Em um estudo publicado no jornal médico Journal of Cell Biology, pesquisadores analisaram como o esperma nada. Seu caminho parece ser controlado pela concentração de cálcio no ambiente em que está (e que, se tiver sorte, será um útero).
Originalmente, os cientistas pensavam que era a quantidade de cálcio que importava. Mas o esperma não parece ligar para isso. Eles chegam a mudar a forma como nadam com base em quão rápido a concentração de cálcio está mudando. O que significa que eles têm de saber o quão rápido ela está mudando, ou seja, o esperma pode contar!
E por que o esperma tem a necessidade de saber contar o tempo? Os autores do estudo acham que é porque a concentração de cálcio fica muito alta perto do óvulo, e medir pequenas mudanças na concentração pode ajudá-los a reagir, mesmo quando há muito cálcio ao redor.
Isto é, a contagem feita pelos espermatozoides os ajuda a saber quando eles estão perto de sua meta, que é quando suas “decisões” mais importam (não que o esperma possa pensar). Os cientistas ainda não sabem exatamente como os espermatozoides realizam essa tarefa, uma vez que é claro que eles não têm cérebro. É… Os soldadinhos masculinos têm as suas manhas.
Segundo cientistas, o esperma é realmente inteligente. Especificamente, parece ser capaz de “contar”.
Em um estudo publicado no jornal médico Journal of Cell Biology, pesquisadores analisaram como o esperma nada. Seu caminho parece ser controlado pela concentração de cálcio no ambiente em que está (e que, se tiver sorte, será um útero).
Originalmente, os cientistas pensavam que era a quantidade de cálcio que importava. Mas o esperma não parece ligar para isso. Eles chegam a mudar a forma como nadam com base em quão rápido a concentração de cálcio está mudando. O que significa que eles têm de saber o quão rápido ela está mudando, ou seja, o esperma pode contar!
E por que o esperma tem a necessidade de saber contar o tempo? Os autores do estudo acham que é porque a concentração de cálcio fica muito alta perto do óvulo, e medir pequenas mudanças na concentração pode ajudá-los a reagir, mesmo quando há muito cálcio ao redor.
Isto é, a contagem feita pelos espermatozoides os ajuda a saber quando eles estão perto de sua meta, que é quando suas “decisões” mais importam (não que o esperma possa pensar). Os cientistas ainda não sabem exatamente como os espermatozoides realizam essa tarefa, uma vez que é claro que eles não têm cérebro. É… Os soldadinhos masculinos têm as suas manhas.
Machos de moscas-da-fruta também bebem até cair se levam fora das fêmeas.
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on sexta-feira, 6 de abril de 2012
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moscas-da-fruta
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Um neuroquímico no cérebro das moscas-da-fruta (que o ser humano também possui), que provoca uma reação idêntica quando da ingestão de álcool, poderia ser a razão pela qual ditos insetos, especialmente os machos, se embebedam quando uma fêmea desdenha seus galanteios. Ou ao menos isso sugere um estudo científico, publicado na revista Science, realizado por Galit Shohat-Ophir, do Instituto Médico Howard Hughes com sede na Virginia, EUA, em colaboração com outros colegas do laboratório Ulrike Heberlein na Universidade da Califórnia em San Francisco.
Shohat-Ophir e sua equipe descobriram que as moscas-da-fruta possuem um químico cerebral de nome neuropeptídeo F (NPF) que tem uma estreita relação com seu comportamento, particularmente com o sistema de recompensas associado à alimentação e o acasalamento. E, portanto, vital para a sobrevivência.
O experimento com o qual os cientistas chegaram a estas conclusões consistiu em uma caixa em cujo interior colocaram vários machos de moscas-da-fruta com 5 fêmeas virgens e receptivas às tentativas de reprodução; em outra caixa as fêmeas já tinham copulado antes e, portanto, recusavam invariavelmente os machos.
Em ambos casos, os insetos tinham a seu alcance duas fontes de alimento diferentes: uma suspensão normal e outra carregada com 15% de álcool. De forma surpreendente, os machos que tiveram sucesso em sua conquista sexual evitaram o álcool enquanto aqueles que ficaram sem o prazer da fornicação ingeriram a substância até ficarem "bebinhos".
Segundo os pesquisadores, ambos comportamentos tão distintos têm em comum o NPF: uma presença elevada no caso dos machos que copularam e uma diminuída no caso dos que se embriagaram.
- "O que pensamos", explicou Shohat-Ophir, "é que estes níveis de NPF são uma espécie de assinatura molecular da experiência".
Por outra parte e em vista de que o ser humano também possui o mesmo neuroquímico, os pesquisadores se perguntam se não condicionará nosso comportamento de uma maneira parecida.
- "Isto nos leva a pensar que o cérebro da mosca -e provavelmente também o de outros animais, inclusos os humanos- têm um tipo de sistema para controlar seu nível interno de recompensa: uma vez que este tenha baixado, seja disparado um comportamento que o restaure de novo", sugeriu Shohat-Ophir.
Se na próxima experiência colocarem um mini-violão na caixa das moscas satisfeitas é bem possível que tenhamos a criação de várias duplas Drosophilas sertanejas.
Shohat-Ophir e sua equipe descobriram que as moscas-da-fruta possuem um químico cerebral de nome neuropeptídeo F (NPF) que tem uma estreita relação com seu comportamento, particularmente com o sistema de recompensas associado à alimentação e o acasalamento. E, portanto, vital para a sobrevivência.
O experimento com o qual os cientistas chegaram a estas conclusões consistiu em uma caixa em cujo interior colocaram vários machos de moscas-da-fruta com 5 fêmeas virgens e receptivas às tentativas de reprodução; em outra caixa as fêmeas já tinham copulado antes e, portanto, recusavam invariavelmente os machos.
Em ambos casos, os insetos tinham a seu alcance duas fontes de alimento diferentes: uma suspensão normal e outra carregada com 15% de álcool. De forma surpreendente, os machos que tiveram sucesso em sua conquista sexual evitaram o álcool enquanto aqueles que ficaram sem o prazer da fornicação ingeriram a substância até ficarem "bebinhos".
Segundo os pesquisadores, ambos comportamentos tão distintos têm em comum o NPF: uma presença elevada no caso dos machos que copularam e uma diminuída no caso dos que se embriagaram.
- "O que pensamos", explicou Shohat-Ophir, "é que estes níveis de NPF são uma espécie de assinatura molecular da experiência".
Por outra parte e em vista de que o ser humano também possui o mesmo neuroquímico, os pesquisadores se perguntam se não condicionará nosso comportamento de uma maneira parecida.
- "Isto nos leva a pensar que o cérebro da mosca -e provavelmente também o de outros animais, inclusos os humanos- têm um tipo de sistema para controlar seu nível interno de recompensa: uma vez que este tenha baixado, seja disparado um comportamento que o restaure de novo", sugeriu Shohat-Ophir.
Se na próxima experiência colocarem um mini-violão na caixa das moscas satisfeitas é bem possível que tenhamos a criação de várias duplas Drosophilas sertanejas.
Conheça o organismo mais antigo da Terra
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on quarta-feira, 4 de abril de 2012
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organismo mais antigo da Terra
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Ela é grande, antiga e vive embaixo da água; uma equipe internacional confirmou que uma grama marinha antiga guarda o segredo do organismo mais antigo da Terra.
A gigante Posidonia oceanica se reproduz assexuadamente, gerando clones de si mesma. Um único organismo – que parece se expandir por 15 quilômetros e pesar mais de 6 mil toneladas – pode ter mais de 100 mil anos.
“Organismos que se clonam têm uma capacidade extraordinária de transmitir apenas os genomas ‘altamente competentes’, sem fim previsível”, comenta o diretor do Instituto Oceânico da Universidade da Austrália Ocidental, Carlos Duarte.
Os pesquisadores analisaram 40 campos em 3.500 quilômetros do mar mediterrâneo. Modelos de computador ajudaram a demonstrar que o modo de dispersão por clonagem da Posidonia oceanica permite que ela consiga manter clones competentes por milênios, enquanto os genótipos mais competentes dos organismos que se reproduzem apenas sexualmente se perdem a cada geração.
“Entender porque esses genomas particulares conseguiram se adaptar em um espectro tão grande de condições ambientais por tanto tempo é a chave para pesquisas muito interessantes”, comenta Duarte.
As gramas marinhas são a fundação de ecossistemas costais, mas têm declinado globalmente nos últimos 20 anos. Os campos da Posidonia oceanica estão diminuindo a uma média de 5% por ano.
“A preocupação é que apesar dos campos da Posidonia oceanica terem sobrevivido por milênios, o atual declínio sugere que elas não vão mais conseguir se adaptar ao ritmo sem precedentes de mudanças climáticas globais”.
O gênero Posidonia aparece apenas no Mediterrâneo e nas águas australianas.
A gigante Posidonia oceanica se reproduz assexuadamente, gerando clones de si mesma. Um único organismo – que parece se expandir por 15 quilômetros e pesar mais de 6 mil toneladas – pode ter mais de 100 mil anos.
“Organismos que se clonam têm uma capacidade extraordinária de transmitir apenas os genomas ‘altamente competentes’, sem fim previsível”, comenta o diretor do Instituto Oceânico da Universidade da Austrália Ocidental, Carlos Duarte.
Os pesquisadores analisaram 40 campos em 3.500 quilômetros do mar mediterrâneo. Modelos de computador ajudaram a demonstrar que o modo de dispersão por clonagem da Posidonia oceanica permite que ela consiga manter clones competentes por milênios, enquanto os genótipos mais competentes dos organismos que se reproduzem apenas sexualmente se perdem a cada geração.
“Entender porque esses genomas particulares conseguiram se adaptar em um espectro tão grande de condições ambientais por tanto tempo é a chave para pesquisas muito interessantes”, comenta Duarte.
As gramas marinhas são a fundação de ecossistemas costais, mas têm declinado globalmente nos últimos 20 anos. Os campos da Posidonia oceanica estão diminuindo a uma média de 5% por ano.
“A preocupação é que apesar dos campos da Posidonia oceanica terem sobrevivido por milênios, o atual declínio sugere que elas não vão mais conseguir se adaptar ao ritmo sem precedentes de mudanças climáticas globais”.
O gênero Posidonia aparece apenas no Mediterrâneo e nas águas australianas.
O que aconteceria se todos os gatos do mundo desaparecessem?
Talvez você seja uma das pessoas que amam gatos, ou uma das que odeiam ou têm alergia. De qualquer modo, quando você passa por um gato tirando uma soneca na poltrona, ou dando uma típica arranhada na parede, a última coisa que você pensa é que eles são indispensáveis, trabalhadores pesados da casa ou do mundo.
Mas, na verdade, os especialistas afirmam que se todos os gatos do mundo subitamente morressem, as coisas ficariam rapidamente “pretas” para nós.
Os gatos, tanto de estimação quanto selvagens, podem nos enganar para que pensemos que eles dependem da nossa comida ou lixo para sobreviver, mas, de acordo com Alan Beck, professor de medicina veterinária da Universidade Purdue, eles são predadores com habilidades de caça adaptáveis. “Eles são grandes predadores de pequenos animais, e podem sobreviver solitários quando há escassez de comida, ou viver prosperamente quando há comida abundante”, afirma.
E é por isso que sentiríamos falta deles. Gatos são vitais para controlar a população de ratos e outros roedores. Beck comenta que na Índia os gatos têm um papel significante na quantidade de grãos perdidos por conta de consumo ou contaminação por ratos. Em outras palavras, pode até ser verdade que os humanos alimentem os gatos, mas sem eles, nós teríamos menos alimento.
Mas quão dramaticamente a população de ratazanas iria aumentar se os gatos subitamente desaparecessem? Vários estudos já foram feitos para tentar descobrir esse dado.
Um deles, de 1997, descobriu que o gato comum doméstico mata mais de 11 animais (incluindo ratos, pássaros, sapos e outros) no período de seis meses. Isso significa que os nove milhões de gatos do Reino Unido (onde o estudo foi realizado) matavam coletivamente algo próximo dos 200 milhões de espécimes por ano – sem incluir os animais mortos que não eram levados para casa.
Outro estudo, da Nova Zelândia, em 1979, descobriu que, quando os gatos de uma pequena ilha foram quase dizimados, a população de ratos rapidamente quadruplicou.
E se a população de roedores se multiplicasse, causaria uma cascata de outros efeitos no ecossistema. Na mesma ilha da Nova Zelândia, por exemplo, os ecologistas observaram que, conforme os ratos aumentaram no lugar dos gatos, o número de ovos de alguns pássaros, que os ratos comiam, diminuiu. Se os 220 milhões, aproximadamente, de gatos domésticos do mundo morressem, a população de alguns pássaros cairia muito, enquanto os predadores de ratos, fora os gatos, iriam aumentar.
“Todas as espécies têm um impacto”, afirma Beck.
Mas, na verdade, os especialistas afirmam que se todos os gatos do mundo subitamente morressem, as coisas ficariam rapidamente “pretas” para nós.
Os gatos, tanto de estimação quanto selvagens, podem nos enganar para que pensemos que eles dependem da nossa comida ou lixo para sobreviver, mas, de acordo com Alan Beck, professor de medicina veterinária da Universidade Purdue, eles são predadores com habilidades de caça adaptáveis. “Eles são grandes predadores de pequenos animais, e podem sobreviver solitários quando há escassez de comida, ou viver prosperamente quando há comida abundante”, afirma.
E é por isso que sentiríamos falta deles. Gatos são vitais para controlar a população de ratos e outros roedores. Beck comenta que na Índia os gatos têm um papel significante na quantidade de grãos perdidos por conta de consumo ou contaminação por ratos. Em outras palavras, pode até ser verdade que os humanos alimentem os gatos, mas sem eles, nós teríamos menos alimento.
Mas quão dramaticamente a população de ratazanas iria aumentar se os gatos subitamente desaparecessem? Vários estudos já foram feitos para tentar descobrir esse dado.
Um deles, de 1997, descobriu que o gato comum doméstico mata mais de 11 animais (incluindo ratos, pássaros, sapos e outros) no período de seis meses. Isso significa que os nove milhões de gatos do Reino Unido (onde o estudo foi realizado) matavam coletivamente algo próximo dos 200 milhões de espécimes por ano – sem incluir os animais mortos que não eram levados para casa.
Outro estudo, da Nova Zelândia, em 1979, descobriu que, quando os gatos de uma pequena ilha foram quase dizimados, a população de ratos rapidamente quadruplicou.
E se a população de roedores se multiplicasse, causaria uma cascata de outros efeitos no ecossistema. Na mesma ilha da Nova Zelândia, por exemplo, os ecologistas observaram que, conforme os ratos aumentaram no lugar dos gatos, o número de ovos de alguns pássaros, que os ratos comiam, diminuiu. Se os 220 milhões, aproximadamente, de gatos domésticos do mundo morressem, a população de alguns pássaros cairia muito, enquanto os predadores de ratos, fora os gatos, iriam aumentar.
“Todas as espécies têm um impacto”, afirma Beck.