Você prefere sorvete de casquinha ou de copinho? Veja o que isso significa

Seguindo os passos da pesquisa do psicólogo Fernando Dogana sobre a relação entre escolha alimentar e personalidade, a também italiana Viviana Finistrella, especialista em psicologia da nutrição do Hospital Pediátrico Menino Jesus, em Roma, elegeu o sorvete como base de uma análise semelhante.

Ela conta que, desde os tempos da faculdade, seu interesse era o desenvolvimento da alimentação nas etapas evolutivas. A prática profissional trouxe a possibilidade de estudar disfunções alimentares entre as crianças, o que enfatizou a ideia da intensa conexão entre o alimento e o desenvolvimento individual e das relações com o outro.


Segundo a especialista, as características de personalidade começam a se estruturar por volta dos 7 anos de idade, época em que as preferências por comida também se estabelecem. “Na base dessas escolhas está o sabor doce, porque ele é mais agradável, típico do leite materno”, diz.

“Humanos são predispostos a recusar o amargo e o ácido, pois muitas substâncias nocivas possuem essas características", explica. Em termos evolutivos, essa rejeição tem objetivo de proteger o ser humano de ameaças da natureza. “O bom entendedor concluirá que os apreciadores desses sabores são pessoas que não hesitam em desafiar o perigo”, completa Finistrella.

Qual o seu sorvete?
Fazendo mistério sobre os detalhes da pesquisa, que ainda está em curso, a psicóloga revela apenas que destacou as principais características do sorvete, formas de consumo, apresentação e consistência.

Partindo da observação de todos esses elementos, comparou-os aos comportamentos de cada participante do estudo. “É claro que existem diferenças e nuances únicas em cada personalidade, e que não admitem identificação através desse método. Mas os traços básicos encontrados são comuns a todos”, conclui.

Veja quais as características de personalidade comuns a quem prefere determinadas formas de apresentação de sorvete, segundo a pesquisa:

Casquinha: é a escolha de quem prefere uma experiência sensorial completa, contando com a segurança da satisfação final. Quem prefere esse formato é quase sempre um tipo guloso.

Picolé: à primeira vista, quem gosta desse tipo de sorvete é uma pessoa dotada de iniciativa, adora experimentar os vários tipos de sabores possíveis, mas ao mesmo tempo se mostra insegura, pois demonstra necessidade de alguma reminiscência tangível – o próprio palito, para brincar ou apenas para mantê-lo na boca.

Geladinho: seu apreciador têm personalidade do tipo imediatista-independente, que procura por prazeres que possam ser vividos na hora. Por causa dessa característica, toleram pouca as frustrações da espera.

Biscoito recheado com sorvete: rara no Brasil, essa forma de apresentação atrai pessoas que precisam de segurança. Parece um lanche preparado pela mãe, onde há de tudo – até o biscoito que lembra a necessidade de uma maior dose de nutrição afetiva.

Copinho: é o preferido dos tipos mais controlados e comedidos. É o único sorvete que não permite liberdade na forma de comer e exige o uso de uma colherinha. É o preferido de quem não permite deixar-se levar, concedendo-se um prazer (que pode sujar as mãos ou as roupas), ou daqueles que precisam manter as boas maneiras, mesmo que seja para si mesmo.

Bombom de sorvete: sinônimo de personalidade moderna-atual. É uma escolha típica do nosso tempo. É o sorvete de quem adora ter uma reserva de bem-estar, um prazer menor, que não se expande, mas é repetido no tempo. Além disso, pode ser apreciado em vários contextos diferentes (incluído o ambiente de trabalho).

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