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Osíris, assim chamado em virtude das suas semelhanças com a história do deus egípcio, que foi morto e despedaçado pelo seu irmão, é já um "velho" conhecido dos astrónomos.
À distância de 150 anos-luz da Terra, na órbita de uma estrela localizada na constelação de Pégaso, ele foi o primeiro destes mundos a ser descoberto, em 1999, pelo método de medição do trânsito - quando o planeta passa em frente da estrela, os astrónomos conseguem medir a diminuição da luz que ela emite e assim detectam a presença do planeta.
Mas Osíris também é um pioneiro noutras frentes: foi o primeiro exoplaneta em que os astrónomos conseguiram detectar uma atmosfera, o primeiro em que se identificou a presença de hidrogénio e de oxigénio e, agora, o primeiro em que se mediu a velocidade dos ventos que ali sopram: na verdade, uma megatempestade permanente.
"Definitivamente, não é um planeta para os fracos de coração", comentou o astrónomo Ignas Snellen, da Universidade de Leiden, na Holanda, que coordenou a investigação.
Utilizando os VLT (Very Large Telescopes) do ESO (European Southern Observatory), instalados no deserto de Atacama, no Chile, a equipa de Ignas Snellen fez medições da atmosfera do planeta, que cumpre uma órbita em torno da sua estrela a cada três dias e meio, e detectou ali altos níveis de monóxido de carbono. "Foi ao estudarmos aquele gás mortal que descobrimos a existência de superventos, que sopram a uma velocidade entre os cinco mil e os dez mil quilómetros por hora", contou o coordenador do estudo.
Este estudo abre também caminho a futuras investigações idênticas noutros planetas fora do sistema solar.
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